Elisewin, (Setúbal) Portugal
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[04 novembro 2005]
~*Labaredas e gotas de melancolia*~ Aqui está a nossa review ao concerto de Alasdair Roberts. Review essa que foi publicada no site http://www.ruadebaixo.com/ a quem agradecemos a oportunidade. Numa noite em que as gotas da chuva voavam na brisa, uma voz meiga de sotaque escocês aquecia corações e abraçava sensíveis corpos, num ambiente de pura melancolia.
O concerto estava marcado para as 22:00, e os já habituais atrasos no Santiago Alquimista marcaram presença. Este mau hábito e a transmissão do jogo do Benfica contra o Villareal fizeram as “22:00” alongarem-se até perto das 23:00. Momentos antes, por volta das 20:30, avistou-se o aguardado Alasdair, a sair do local provavelmente em direcção ao restaurante mais próximo para jantar. Pela sua figura esguia, não deve alimentar-se pesadamente.
Alto e magro, muito magro, com um olhar tímido, Alasdair Roberts entrou em palco e presenteou a audiência com quinze canções durante pouco mais de uma hora. Canções essas que inundaram a sala, num tom fraternal, numa estranha tristeza consoladora. É este o dom do escocês (oriundo de Glasgow como mencionou logo no início): ele transforma canções de tons mórbidos e sombrios, em canções de tons quentes como se um contador de histórias nos acendesse uma fogueira.
Existiram momentos de diálogo (mais um monólogo de Alasdair) em quase todas as canções, ao estilo genuíno de um trovador. Em The Whole House Is Singing Alasdair pediu a colaboração do público (“what’s the portuguese word for mumbling?”) e, seguidamente, dedicou Slowly Growing Old ao seu avô que foi pugilista e, de novo, pediu a palavra portuguesa para “boxer” e respondeu a si mesmo “pugiliste”. Quase no final da primeira parte do concerto, Alasdair tocou The Two Brothers, tendo sido o ponto menos positivo do concerto pois trata-se de um dos temas menos inspirados (e inspiradores) do seu mais recente álbum No Earthly Man; e nem ao vivo isso mudou: demasiado longo no meio de canções menos conhecidas do seu público.
Alasdair despediu-se com uma “canção nova” cujo título não foi perceptível a este escriba (os sotaques por vezes trazem alguns inconvenientes). Os contínuos aplausos fizeram-se ouvir e ajudaram ao regresso de Alasdair ao palco. “Do you have any requests? – disse ele. Uma resposta fez-se ouvir: “Lord Ronald… please.” (sim, eu não poderia deixá-lo ir-se embora sem tocar esta maravilhosa canção e não me contive). “if you insist…” – foi a resposta que ouvi.
Nos minutos seguintes Alasdair voltou a embalar as almas atentas, no coração de Lisboa. Terminou com a I Will Hunting, abandonou o palco por um minuto e logo voltou (não para tocar, mas para trocar dois dedos de conversa com o seu público e dar alguns autógrafos). Numa breve conversa, recordei Alasdair da sua passagem por Paredes de Coura, fiquei a saber que ele gostava de Mogwai (oriundos da sua terra, Glasgow), e congratulei o tímido escocês não só pelo concerto, mas pela sua batalha, a sua arte musical, a unicidade da sua voz e entrega, que numa noite de nevoeiro e chuva, aqueceu os corpos daquelas que o foram ouvir ao Santiago Alquimista.
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