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[03 fevereiro 2008]

Don't that picture look dusty?


O Assassínio de Jesse James pelo cobarde Robert Ford traz-nos, como o título indica, a descrição dos últimos dias de um dos rostos da América. Através da lente de Andrew Dominik olhamos para Jesse James, assassino e ladrão de profissão, nos seus traços mais profundos, reconhecemos-lhe na pele os anos de formação, vemos-lhe o peso e o cansaço da luta e da fuga, e apercebemo-nos, lentamente, do Homem a par da sua lenda, como um herói grego a par da sua tragédia. Sentimos que foram estas lendas que criaram um país, e que, normalmente, criam os países e os fazem crescer. Mas a vida de Jesse, talvez como a história da América, é diferente. Jesse, porém, não crê na América, não seguiu o caminho mais “correcto” na sua conquista, e no fim, é traído, como que se rende, largando o coldre que lhe era inseparável.

O Assassínio de Jesse James é de uma beleza humana, beleza natural, é filmado com beleza, que podemos tocar, nuvens que correm desenhadas no céu azul, o vento que bate nas searas douradas, as próprias expressões, com ou sem vida, é este o ambiente que nos fascina. A ansiedade aumenta à medida que prevemos o fim (das mais belas cenas de cinema aquela a que o título se refere), e que o vemos no corpo e rosto de Brad Pitt, encaixando na perfeição no papel no homem que se vê constantemente entre a dualidade do que é o dever, entre a ternura e a violência. Podemos admitir o verdadeiro amadurecimento de um bom actor. Casey Affleck, como Robert Ford, revela também a sua força crescente como actor, não só no retrato de rapaz enjeitado, medroso, e admirador profundo de Jesse, mas, também, na sua viragem, quando alcança os seus minutos de glória matando o seu herói. Na verdade, Robert nunca deixa de ser o rapaz cobarde, funcionando como a antítese de Jesse. Tudo isto me recordou o significado de Honra na Antiga Grécia, e pensar que esta tentativa de a alcançar, das mais diversas maneiras, nunca esmoreceu. Será que o assassínio de Jesse por Rob Ford lhe concede a “imortalidade”, um reconhecimento ainda maior? É preferível morrer “com glória”, do que sobreviver sem ela. Jesse James não cai no esquecimento, Robert Ford sim.

Toda a temática, profundamente bem narrada e representada, é partilhada com a banda sonora lindíssima de Nick Cave e Warren Ellis, onde se reconhece o estilo de Nick Cave no piano que ouvimos, e uma vontade enorme de ouvir The Boatman’s Call. Nick Cave e Warren Ellis, já nos tinham dado mostras do seu trabalho numa banda sonora talvez menos coesa, no grande The Proposition, fica também já aqui a recomendação deste outro filme, com uma história um pouco semelhante, situando-se também no início de um país.
Que 2008 nos dê mais filmes assim.


por Virginia Woolf * 22:19
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