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[31 agosto 2006]

Candy - more is never enough




Não sei por que razão, mas desde que vi o filme até agora a minha paixão por ele foi aumentando. No início, não achei a actuação de Abbie Cornish tão boa como no Somersault, ou uma descrição da toxicodependência tão boa como no Requiem for a Dream (que hoje acho menos realista), agora acho que simplesmente não foi tão explosivo como qualquer um dos dois, o que não o torna inferior. Mas dizer que Candy é uma história sobre toxicodependência não me parece verdade. É uma história sobre um casal de jovens artistas, apaixonados, não só um pelo outro, mas pela vida; é mais que carpe diem, eles bebem o frasco inteiro do sumo da vida. Bebemos com eles e entramos naquele carrossel, como se não déssemos por isso, de forma calma e curiosa, e quando damos por nós, estamos ali no meio, naquele turbilhão, mas sem conseguir responder ou falar, como se de repente, debaixo de água, reparássemos que não conseguíamos respirar, mas mesmo assim, é tudo tão natural, tão “bonito”. O princípio mostra-nos uma cena que acho indispensável para a essência do filme; quando estão dentro de uma espécie de carrossel que anda à roda (o cartaz do filme é essa parte, mas focada), que nos lembra aquela brincadeira que fazíamos quando éramos pequenos, andámos à roda, ficávamos tontos, ríamos até não mais, e tentávamos andar, até cair para o lado. Que embriagados de juventude, de vida, nos rimos de um mundo distorcido, estonteante.
Quando vi o Somersault, quase não contive o choro, ainda não conhecia a Abbie, e achei-a logo fantástica, tem uma aura estranha de uma menina frágil que tem sabedoria no olhar. A primeira coisa que achei sobre este papel foi o que disse pouco tempo depois, que quando somos vigorosos e novos (não que ela seja velha), talvez tenros seja o termo, damos tudo o que temos, com paixão, e aqui a actuação dela não foi tão forte ou gritante como no Somersault, mas agora acho, que este papel não pedia mais do que ela lhe deu, aqui, não foi ela que agiu sozinha, foi atrás de alguém. O papel que talvez pedisse mais, foi o de Heath Ledger (o Dan que a Candy foi atrás), que foi a coisa que mais me espantou no Candy que, claro, teve um grande papel no Brokeback Mountain, mas aí não era de esperar o contrário, quer queiramos, quer não, foi um blockbuster, tinha essa “obrigação”. Ainda não o tinha visto a representar algo que me realmente me espantasse, que fosse fora do normal, talvez o Candy seja para ele, como o My Own Private Idaho é para River Phoenix, embora o último se relacionasse mais com filmes alternativos e underground. O ar de junkie, de apaixonado perdido a tentar salvar algo, e ao mesmo tempo a narração, a parte intelectual, a parte de poeta. De mencionar ainda, a personagem do Geoffrey Rush, que lhe encaixa que nem uma luva (assim como quase todos os papéis de intelectuais meio loucos/excêntricos), mas dele, não podíamos esperar algo mau. O mestre, o professor, dos conselhos sábios que nem ele segue (“quando podemos deixar não queremos, quando queremos não podemos”). Acho que é da responsabilidade dele a parte mais evidente da combinação desta tragi-comédia, também por isso acho um filme com um bom resultado, um filme especialmente deprimente, que ao mesmo tempo nos faça rir, que consigamos ver o lado irónico, ou “risível” da situação, nem que seja de aprovação. Não se mostra à partida um filme depressivo, basta ver a música do trailer, ou a fotografia, cores claras, luminosas, o sorriso frente a frente na cara dos dois do cartaz.
Continuando, já vi o filme há quase um mês, e na altura, quando sai do cinema não tive a mesma sensação de overwhelming que costumo ter em filmes que imediatamente me apaixono. É como se me tivesse apaixonado aos poucos, ao juntar as memórias, ao recordar a descrição em voz-off que é feita pelo Dan. O filme está simples, digo simples porque flui muito facilmente, não nos atira com tudo à cara, tudo acontece como consequências lógicas de certos actos. Acho que não se nega a veracidade da paixão do jovem casal, a possibilidade de se afundarem, de lutarem para submergirem, perderem-se no meio de tudo, o que apesar de lógico nem sempre se torna aceitável.
Pelos vistos, um cinema alternativo australiano está a revelar-se, e na minha opinião, alternativo e com qualidade, desde a fotografia (já tinha reparado no Somersault e nos seus azuis), à banda sonora (que me levou a ouvir continuamente a Song to the Siren), à escolha dos actores, aos argumentos. Estou agora, ansiosa por ler o livro, e comprovar se é tão viciante como dizem.



by ELISEWIN


por KaRL * 11:28
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